terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Os riscos da obesidade infantil


Um dos problemas mais alarmantes na sociedade contemporânea, a obesidade atinge hoje uma parcela cada vez maior de crianças e adolescentes. O excesso de peso nessa fase da vida é extremamente grave e deve ser tratado o quanto antes, pois tem relação direta com a hipertensão, alterações metabólicas do corpo e intolerância à glicose, fatores que causam diabetes e doenças cardiovasculares. Para se ter uma ideia, de trinta anos para cá, o número de crianças e adolescentes obesos triplicou e a má alimentação e o sedentarismo são os grandes causadores desse mal.
Os primeiros doze meses de vida e a adolescência são as fases mais favoráveis à obesidade, isso porque são períodos de aceleração de crescimento com grande potencial para a formação de novas células de gordura. Na infância, além da má alimentação e da falta de atividade física regular, horários irregulares para as refeições e excesso de alimentos como refrigerantes, doces, fast food e guloseimas em geral, podem levar a um ganho excessivo de peso.
Mas o que pouca gente sabe é que a obesidade já pode ser combatida mesmo durante a gravidez. A gestante que tem uma alimentação inadequada, não pratica atividades físicas leves, se estressa muito ou ganhou muito peso, pode gerar uma criança com grandes chances de desenvolver a doença.
A amamentação também é um fator primordial. Estudos mostram que crianças alimentadas com leite materno têm maior controle sobre a ingestão alimentar do que aquelas que recebem fórmulas lácteas. Essa diferença está relacionada com um hormônio responsável pela saciedade chamado leptina, transmitido através desse processo. A ausência do leite materno, a introdução de outros tipos de alimento antes dos quatro meses e alimentação complementar rica em açúcar são outros fatores que podem gerar obesidade infantil. A escola também faz parte do processo de prevenção, pois os educadores devem mostrar a importância de uma alimentação saudável.
O tratamento para a obesidade, infantil ou não, é individual e deve ser feito por meio de um acompanhamento nutricional e da ingestão de ingredientes saudáveis, sem restrições totais. Cada organismo precisa de um determinado tipo de alimentação, e somente um profissional pode elaborar uma dieta adequada, aliada a programas de exercícios físicos regulares para tratar o problema.

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